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terça-feira, 10 de julho de 2012

A Mulher do Viajante do Tempo 
 Audrey Niffenegger.

Esse livro é comovente, é angustiante. É encantador.

A Mulher do Viajante do Tempo conta a história de Henry e Clare. Ele sofre de uma doença genética que, quando sob efeito de emoções fortes ou stress, é transportado para outro tempo, passado ou futuro.

Audrey Niffenegger conseguiu sobreviver a todos os grandes problemas de se escrever sobre viagem no tempo, simplesmente, porque ela simplifica algumas coisas e tem um ponto de vista definido sobre que tipo de alteração uma pessoa fazer no passado/futuro. As discussões – bastante filosóficas – sobre isso permeiam toda a primeira parte do livro, onde algumas dúvidas são esclarecidas.

Uma característica inteligente do livro é a linha cronológica que ela escolheu. Afinal, como escrever um livro onde o personagem principal se desloca no tempo? Onde conversas ocorrem no passado de Clare, mas no futuro de Henry? Que linha cronológica seguir? A do viajante ou a da esposa que permanece no presente? Nenhuma delas é fácil. No início você fica meio perdido, apenas seguindo o caminho traçado pela autora sem pensar muito no quando tudo aquilo aconteceu e se questiona se ela vai ser capaz de levar toda essa história maluca sem se perder nas tantas idas e vindas de Henry. E é por isso que ela escolheu usar tanto a linha cronológica de Clare quanto a de Henry, assim como seus pontos de vista. Apesar de parecer uma escolha complicada, trouxe um resultado bastante claro.

Mas o que torna A Mulher do Viajante do Tempo ainda melhor são os pequenos cuidados que podem ser notados. As inúmeras referências a pensadores, bandas, livros, artistas é incrível e te dá vontade de pesquisar sobre cada um deles. Além disso, os pequenos mistérios ao longo do livro são fascinantes. Pequenas situações que nos são apresentadas pelo ponto de vista da Clare e que ela própria não entende e só são explicadas capítulos mais tardes quando o próprio Henry as vivencia.

Apesar de toda a história de viagem no tempo e doença genética, esse livro está longe de ser um livro de ficção científica. É muito mais sobre o efeito que a distância exerce no amor e como ela o fortifica. Mais importante do que o Henry viajar no tempo, é como não só ele, mas também Clare lidam com o fato da inconstante presença dele e de como é doloroso conhecer aspectos de uma vida que ainda está para acontecer.  

2 comentários:

  1. Olá galera,
    Vim aqui comentar pra dizer, primeiramente, que adorei o blog de vocês, ele está simplesmente maravilhoso e quero devorar todos os livros que vocês resenham.
    E falar também que eu vi o filme que possui esse mesmo nome, ele tem a Rachel MacAdams e um outro ator famoso que fez até o primeiro Hulk nos cinemas. Mas então eu não fazia idéia de que o filme tinha sido baseado num livro. Vou dizer que apesar de bobinho o filme é bem legal, será que eu vou ficar entediada se eu for ler porque já sei o final?
    Enfim beijinhos a todos,
    Ass: Ana Beatriz.

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    1. Ana,
      OBRIGADA O/////

      Então, sobre o livro. Eu não vi o filme, então não sei como eles fizeram com a linha temporal dos personagens principais, que no livro é bem diferente, se eles cortaram alguma coisa e tal. Eu vou assistir e ver se ele é fiel ao livro, depois te falo! :DD

      beijos o/

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