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domingo, 2 de setembro de 2012

The Light Fantastic - Terry Pratchett

Detalhes do livro:
Nome original: The Light Fantastic.
Tradução: A Luz Fantástica.
Autor: Terry Pratchett
Lançamento: Original: 1986.
                       Em português: 2002.
Páginas: Versão comemorativa de 25 anos (lida): 241.
                Versão em português: 227.

À esquerda, a capa original (traduzida) e à direita, a versão comemorativa de 25 anos da série que foi lida por mim.    


[ATENÇÃO: O LIVRO FOI LIDO EM SEU IDIOMA ORIGINAL, INGLÊS, PORTANTO MUITOS TERMOS UTILIZADOS PODEM NÃO SER EXATOS, CONSEQUENTES DE UMA TRADUÇÃO LIVRE FEITA POR MIM.]

[ATENÇÃO: POR SER TRATAR DE UMA SEQUÊNCIA DIRETA, ESTA RESENHA PODE CONTER REVELAÇÕES DE ENREDO DO LIVRO ANTERIOR, THE COLOUR OF MAGIC.] 


The Light Fantastic (A Luz Fantástica) trata-se do segundo livro da série Discworld, escrita por Terry Pratchett, sendo a sequência direta de The Colour of Magic, começando exatamente de onde seu antecessor parou.
O plot começa com o Octavo, o livro com os 8 feitiços utilizados pelo próprio Criador para criar o universo,  mudando completamente o Disco à fim de impedir que Rincewind, que possui algo muito importante preso na sua cabeça, e Twoflower caiam da borda do disco. Esta mudança acarreta na descoberta de que Great A'tuin, a tartaruga que carrega o próprio disco, está caminhando em direção a uma grande estrela vermelha e os magos da Unseen University, que são os únicos que podem descobrir do que se trata tal sequência de eventos, estão enfrentando suas próprias disputas políticas.
Como se pode notar, The Light Fantastic difere de The Colour Of Magic por tratar-se de uma história única e não dividida em pequenas aventuras sem muita continuidade. O resultado disso é uma história mais forte, coerente e um livro sem divisão de capítulos (que para os neuróticos, como eu, que só gostam de parar no começo de um capítulo novo, me fez ler o livro quase todo de uma vez).
Vale ressaltar que, apesar de agora ter maior importância, a história compartilha o primeiro plano com o humor e um dos pontos fortes do livro é nenhum sofrer em detrimento do outro. Ainda há momentos extremamente aleatórios, não se enganem, como, por exemplo, os personagens principais caírem de uma distância enorme e aterrissarem em uma rocha voadora gigante com druidas vivendo lá. O que quero deixar claro, é que mesmo havendo uma plot única, há a complementação entre história e humor. Neste mesmo asteróide com druidas, eles conhecem um personagem que irá acompanhá-los até o final da jornada. Estranho? Sim. Talvez até forçado e que não será do gosto de todos, mas acredito esta ser a intenção.
O humor segue a mesma linha do anterior e entrar em detalhes seria apenas me repetir. O que farei de qualquer forma. É aleatório, é bizarro e nem sempre inofensivo. Os mesmos druidas que eu ando mencionando parecem paródias do estereótipo ‘nerd’ dos anos 80, arrogantes e maníacos por computador. Existem as piadas mais óbvias como a existência do personagem Cohen, The Barbarian. E, com certeza, existem aquelas que eu não entendi.
Um ponto novo neste livro, entretanto, é a presença de algumas anedotas um pouco mais sérias. O narrador, em 3ª pessoa, ao se deparar com a situação de ter que descrever uma mulher guerreira, entra em uma breve tangente sobre o absurdo da existência deste estereótipo de mulheres que lutam sempre usando poucas roupas e sendo voluptuosas e jovens (e, é claro, subverte todos esses clichês.). Tendo em vista que machismo é o tema do próximo livro da série, imagino se este é o começo de uma vontade de abordar o assunto.
Esta crítica, todavia, é feita de maneira bem humorada e termina recomendando que, antes de escreverem sobre mulheres que lutam, os escritores de livros de fantasia “tomem um banho frio”.  Esta não é a única instância de aparentes comentários sociais velados. Com a aproximação de uma enorme estrela vermelha, forma-se uma seita religiosa adorando-a, que domina cidades, queimando os que acreditam em algo diferente ou as minorias raciais. Diferentemente do caso anterior, esta parte é narrada com certa seriedade, deixando o humor para as reações dos personagens principais.
Quanto a ser uma continuação direta, The Light Fantastic deixa pouco a desejar. A caracterização dos personagens, principalmente Rincewind, é aprofundada, o plot é a sequência lógica do anterior e o universo em si da história é consistente. Falando na propriedade de alguém que já leu os dois próximos livros da série, The Light Fantastic introduz as duas localidades mais importantes para os mesmos (Unseen University e Death's Domain, respectivamente) e sabe-se lá em quantos mais. Além disto, conforme escrevia esta resenha, me dei conta que o desenrolar e o final deste livro tornam do prólogo de The Colour Of Magic um grande Foreshadowing. Interessante.
Por fim, achei The Light Fantastic fantástico e o recomendo com as mesmas reservas que tive em The Colour Of Magic.

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